quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Imposição da “religião” na adolescência

A escolha da religião, imposição dos pais ou livre-arbítrio?

Por Rod Reis

Foto: Arquivo Pessoal

Normalmente, os pais costumam levar os filhos para igreja desde pequenos até a adolescência e assim tentam ensinar e mostrar os bons princípios da religião que seguem. Mas será que o fato de levar os adolescentes para a igreja e fazer com que eles sigam a mesma religião não é visto pelo jovem como uma forma de imposição?

“Crer implica em uma decisão própria. Deus respeita algo muito importante denominado livre-arbítrio, que é a faculdade de cada pessoa tomar suas próprias decisões, inclusive na área espiritual”, afirma o líder religioso Adilson Luiz Barbosa da Comunidade da Graça de Guaratinguetá.

Para a jovem, Karoline Pereira de Assis, 20 anos os pais não devem obrigar os filhos a seguirem a mesma religião deles. “Não concordo, porque isso não vai adiantar. A gente tem que ir para a igreja de coração e não por vontade dos pais”.

Alice de Assis, mãe da Karoline, reforça o que diz a filha. “Eu jamais obrigaria meus filhos de seguirem a minha religião, eu quero que eles se sintam felizes onde estão. Que tenham fé no que estão fazendo. Que coloquem Deus na frente de tudo. Qualquer caminho, todas as religiões nos levam a Deus”.

O Psicológo Ralpho Cláudio Costa, afirma que cabe aos pais a educação dos filhos. “Num país católico muitas vezes ou na maioria das vezes associamos a moral, o bem e o mal, pecado e perdão. Explicar a moral a ética e valores pelo viés da religião é mais fácil, mais aceitável e culturalmente transmitido”.

Para Adilson, os pais não devem obrigar seus filhos a seguirem a mesma religião que a deles e sim orientá-los de qual o melhor caminho a ser seguido. “Os pais se assustam quando pensam na hipótese de um filho pagar por seus próprios atos, por isso muitas vezes acham que simplesmente uma “religião” resolverá. A verdadeira espiritualidade está em crer em um Deus que se preocupa com cada ser humano. Deus está mais preocupado com seus filhos e deseja que os mesmos não sejam “religiosos”, mas tenham prazer em seguir a Sua Palavra, ou seja, obedecê-lo voluntariamente”, afirma.

Alguns jovens pensam que seus pais poderiam ficar desapontados com a escolha de outra religião. Mas não seria ao certo o pai apoiar seu filho na sua escolha ao invés de criticar e obrigar ele a participar de algo onde ele não se sinta bem?

“Meus pais ficariam desapontados, mas se eu acho que aquele caminho é para mim eles não tem que impor nada”, afirma Karoline.

Foca em Foco | Ano 13 - Edição 1 | Abil/Maio 2012
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