quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Entrevista com Ethan Cassidy

Por Rod Reis

Entrevistamos o jovem Ethan Cassidy de 19 anos que suspeitou estar com HIV e passou por ‘’maus momentos’’ durante o período da suspeita. Ethan resolveu fazer o exame e só ficou aliviado após descobrir que não estava com a doença. Acompanhe seu depoimento para a Revista HEY!

Revista Hey!
O que te motivou/levou a suspeitar que estava com HIV?

Ethan Cassidy:
Eu transei sem camisinha por algumas vezes e isso me deixou meio grilado, ai resolvi fazer o teste pata ver o que dava apenas. Mais como sou muito ansioso foi horrível esperar três meses pelo resultado.

Revista Hey!
Durante esse tempo de espera o que chegou a passar na sua mente?

Ethan Cassidy:
Várias coisas, como se fosse um filme. Só que no meu caso eu não sabia se era bom ou ruim no final.

Revista Hey!
E como foi após o exame? Ao ver o resultado?
Ethan Cassidy:
Alívio com certeza, quando peguei o envelope nas mãos eu sentia que não tinha nada e tudo não passou de um momento ruim, me sentia alegre por estar saudável e triste por ter passado por tudo aquilo.

Revista Hey!
Qual a lição que você tira disso tudo?

Ethan Cassidy:
Que devemos ter responsabilidade e pensar em tudo muito antes de fazer, pois um simples ato diário pode ‘’estragar’’ nossa vida para sempre.

Revista Hey!
O que você diria para os jovens da sua idade? Qual conselho você daria a eles sobre essa experiência que você passou?

Ethan Cassidy:
Eu diria que devemos transar consciente de todos os riscos que corremos com ou sem camisinha, então se puder prevenir ao máximo é importante, pois às vezes o máximo é mínimo.

Hoje Ethan Cassidy leva uma vida normal e “respira aliviado” por ter tirado esse enorme peso de suas costas e afirma ter consciência da extrema importância de se prevenir contra o HIV usando preservativo, como para qualquer outra doença.

O Nome utilizado nessa matéria é fictício, o entrevistado só concordou em conceder a entrevista se sua verdadeira identidade fosse preservada.

3°Edição da Revista HEY! Entretenimento no melhor estilo

Fala Jovem

Por Rod Reis

A Revista HEY entrevistou quatro jovens de faixas etárias diferentes e perguntamos a eles:
Os jovens de hoje em dia, se preocupam em contrair a AIDS?
Confira o que cada um deles respondeu.

"Os jovens não se preocupam em contrair a doença, mas acho que as campanhas sobre prevenção a AIDS tem ajudado muito. Tenho visto muitas campanhas publicitárias alertando sobre o vírus HIV. Muitos dos jovens se deixam levar pelo fogo do momento e acham mesmo que são imunes contra o vírus. Se preocupam mais em praticar o sexo e sem se cuidarem. Acho que cabe a cada um ter conscientização e amor a própria vida! Eu tenho e me preocupo, só não se informa quem não quer’’.
(Marcus Cruz - 19 anos)

"Não, os jovens não se preocupam com o HIV. Eles são imediatistas e só se preocupam com o agora, e com esse acesso fácil que todos tem ao coquetel dá a ilusão de que é fácil controlar essa doença, e isso não é verdade’’.
(Mariana Correa - 26 anos)

"Creio que hoje em dia, poucos são os jovens que se preocupam com a AIDS. Afinal, para eles, o jovem é imortal e sexo é diversão. Poucos são os que usam preservativo. Acham que não correm risco de engravidar suas parceiras’’.
(Vinícius Lopes - 18 anos)

‘’Poucos são os jovens de hoje que se preocupam em usarem preservativos. Eles não têm a mínima noção das conseqüencias. Até porque, quando se está na adolescência, o que importa é o fogo do momento! Então jovem, use camisinha e prolongue sua vida!’’.(Diego Herculano - 20 anos)

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História da AIDS nos últimos 30 anos

Por Rod Reis

Os primeiros casos de AIDS foram detectados nos Estados Unidos, Haiti e África Central, o vírus foi descoberto e definido como AIDS (Síndrome da imunodeficiência adquirida). Em 1980 aconteceu o primeiro caso no Brasil na cidade de São Paulo. Somente em 1982 a doença foi classificada como AIDS.

A partir de 1981 a autoridade de saúde pública dos Estados Unidos começa a se preocupar com a nova e misteriosa doença. Em 1983 foi relatada a primeira notificação da doença em uma criança. Já em 1997 a situação começou a melhorar com o Programa Nacional de DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis) e AIDS.

Por ser um doença nova e misteriosa a qual ninguém sabia informar nada, com o passar dos anos estudos, medicamentos e ONGS (Organizações Não Governamentais) foram criadas. AIDS passou a ser mais divulgada.
Em 2008 foi realizado o VII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e AIDS, em Florianópolis. Em 2009 o Programa Nacional de DST e AIDS torna-se departamento da Secretária de Vigilância em Saúde de Ministério da Saúde. Em 2010 os governos do Brasil e da África do Sul firmam parceria inédita para distribuir 30 mil camisinhas e folders sobre a prevenção da AIDS e outras DST durante a Copa do Mundo de Futebol.

Aconteceu também o VIII Congresso Brasileiro de Prevenção das DST e AIDS em Brasília (Distrito Federa). Não esquecendo da IV Mostra Nacional do Programa Saúde na Escola (SPE), em Brasília.
Comparando o Ano da Descoberta onde médicos e cientistas não tinham conhecimento de nada e a grande informação que temos hoje ajudou muito na luta contra a AIDS. Programas de prevenção em escolas, propagandas em televisão incentivando o uso da camisinha e a alta tecnologia a nosso favor pode e vai colaborar muito na luta contra o HIV.

3°Edição da Revista HEY! Entretenimento no melhor estilo

Site da Prefeitura atinge a marca de 497.918 acessos por mês

Por Rod Reis

No dia 20 de Junho a Prefeitura de São José dos Campos comemora um ano do lançamento do novo layout do site e da Intranet. Depois de várias reuniões e trabalho árduo da equipe de informática o novo layout finalmente ficou pronto. O site ficou mais prático, moderno e de fácil acesso. Os serviços mais acessados ficam disponibilizados no menu à esquerda. Na parte central do site o munícipe encontra as principais notícias da cidade. E a direita estão disponíveis o acesso ao menu das Secretarias, banners e vídeos.

O Site recebeu no mês passado a marca de 497.918 visitas. Um total de 1.767.429 visualizações de páginas com 16.061,87 visitas por dia. As cidades que mais visitam o site da Prefeitura são: SJCAMPOS, São Paulo, Jacareí, Campinas e Taubaté.

Esse número recorde de visitas no mês é devido aos serviços on-line oferecidos pelo site da Prefeitura que auxiliam o cidadão a resolver assuntos que dispensam o deslocamento dele até o Paço Municipal. Assim o munícipe ganha tempo e resolve suas pendências sem sair de casa.

As páginas mais visitadas no mês passado foram a Home Page, Secretaria de Transporte, Concursos, Secretaria de administração e Lista de Notícias. Confira o número de acessos na tabela abaixo:

Serviços Acessos
  • Home Page – Página Principal: 518.870
  • Horários e Itinerários de Ônibus: 451.580
  • Concursos: 56.555
  • Consulta de Processos (Protocolo): 45.831
  • Lista de Notícias: 33.390 
Paulo Donda, estudante de Publicidade e Propaganda, 20 anos, declara que só acessa o site quando precisa de alguma informação da cidade. “Acho que o site da Prefeitura só é acessado quando se precisa de uma informação, eu só entro para ver os horários de ônibus”.

Flávio Ribeiro, estudante, 17 anos, acredita que o acesso ao site da prefeitura é grande e se deve ao fato de serviços oferecidos como IPTU e itinerário de ônibus. “Creio eu que seja um site com grande número de acessos, por causa de itinerário de ônibus e informações sobre IPTU, principalmente”.

Paulo Rogério Amaral, estudante de Publicidade e Propaganda declara que o site da Prefeitura é muito bom “Acho o site muito bom, de fácil acesso, informações claras e objetivas, eu acesso o site devido a informações, de todo gênero”.

Prefeitura completa três anos nas redes sociais e oferece mais de 100 serviços on-line para os munícipes

Por Rod Reis

O site da Prefeitura de São José dos Campos existe desde 1995. Em 20 de Junho de 2011 aconteceu o lançamento do Novo Layout do Site e da Intranet. A Prefeitura completa este mês três anos de inserção nas redes sociais.

Ao todo são 25 Secretarias Municipais e um total de 138 serviços on-line como Informe de Rendimentos, Jornal do Consumidor, Consulta de débitos, Abertura e Baixa de Empresas, Empresa Fácil (iCad), Nota Fiscal de Serviços Eletrônica, Consulta de Processos Protocolo, Documentos para Abertura de Processo, Horários e Itinerários de Ônibus, Atendimento 156 entre outros oferecidos aos munícipes.

Desses 138 serviços 15 são de uso exclusivo dos Servidores Municipais tais como: Autenticidade de Holerite, Certidões professores, Olimpíadas do Servidor (Hotsite), etc.

Os serviços mais procurados no site da Prefeitura são: Horários e Itinerários de Ônibus, Concursos, Servidor Intranet, Consulta de Processos e Notícias.

A Estudante de Jornalismo Jéssica Almeida, 23 anos, utiliza o serviço on-line de consulta aos Horários e Itinerários de Ônibus para não perder a hora. “Bom eu uso o site da prefeitura para consultar os horários de ônibus, acho esse serviço ótimo, pois me ajuda a evitar a perda de tempo em pontos de ônibus, até porque hoje em dia está tudo muito corrido e é muito bom poder ter essa ajuda para me guiar quando preciso usar o transporte público da cidade”, contou Jéssica Almeida.

Já a estudante de Jornalismo, Ana Dair Moraes, 20 anos, informou que já usou o serviço de Atendimento 156. “Eu já usei o 156, por duas vezes, uma pra falar sobre os pernilongos em excesso e outra pra saber por que a Prefeitura ainda não tinha liberado o sinal da Net Virtua na minha rua”, Ana informou que o retorno quanto ao questionamento do sinal de internet foi rápido. Quanto ao excesso de pernilongos esse retorno do 156 foi mais demorado.

O Twitter da Prefeitura atingiu a marca de 5.088 seguidores com mais de 6 mil tweetes postados, que são transmitidos diariamente como forma de dinamizar a comunicação, divulgar assuntos de interesse público e encaminhar respostas a perguntas e dúvidas dos cidadãos.

A Prefeitura também criou uma página no Facebook que é atualizada de forma dinâmica. Essa página já conta com 979 fãs, muitos dos quais inserem comentários e compartilham as informações que recebem. Nela estão também álbuns de fotografia, com imagens e cenas da cidade, além de atividades em todas as áreas, como eventos, mostras culturais e artísticas, atividades esportivas e competições.

Prefeitura completa dois anos nas redes sociais

Por Rod Reis

A Prefeitura de São José dos Campos completou neste mês dois anos de inserção nas redes sociais disponíveis na internet, registrando mais de 5 mil seguidores das informações geradas pelo poder público municipal. A principal comunidade utiliza o ambiente do Twitter, onde já foram postados 4.650 tweets, que são transmitidos diariamente como forma de dinamizar a comunicação, divulgar assuntos de interesse público e encaminhar respostas a perguntas e dúvidas dos cidadãos.

A Prefeitura também criou uma página no Facebook que é atualizada de forma dinâmica e praticamente em tempo real, ao mesmo tempo em que as notícias são publicas no site oficial. Essa página já conta com cerca de 300 fãs, muitos dos quais inserem comentários e compartilham as informações que recebem. Nela estão também álbuns de fotografia, com imagens e cenas da cidade, além de atividades em todas áreas, como eventos, mostras culturais e artísticas, atividades esportivas e competições.

A estudante de Jornalismo Lina Campos, 26 anos, segue o Twitter da Prefeitura basicamente para ver os eventos artísticos e os shows gratuitos. “Na cidade ocorre muita coisa e os eventos são muito bons”, diz ela, que também está ligada em no que acontece pelo mundo. “As redes sociais hoje têm substituído muitos noticiários”, afirma. Já a estudante Jéssica Aureliano, 19 anos, fica de olho no Twitter oficial para saber dos cursos e de vagas de emprego. Ela ficou sabendo desse recurso por meio de amigos que retuitavam as notícias da Prefeitura.

Para participar e acessar as redes sociais da prefeitura de São José dos Campos basta acessar os links ou clicar nos ícones dessas redes na página principal do site oficial. Esses atalhos permitem também compartilhar as notícias e imagens.

Lendas e Mitos de uma São José Mal Assombrada

Prédios antigos de São José dos Campos possuem histórias e mistérios sobre-humanos

Por Rod Reis
Casas antigas são cenários perfeitos para lendas e mitos. Essas narrativas são contadas por pessoas e transmitidas através dos séculos de geração em geração, sejam elas fatos reais ou imaginários.

Nossa cidade possui histórias sobrenaturais que vão despertam o interesse daqueles que acreditam em algo a mais além da explicação dada pela ciência ou vão causar risos nos descrentes.

Mulher de Vermelho

A história de André Luiz Hempfling é impressionante. Ele trabalha como auxiliar de limpeza na Fundação Cultural Cassiano Ricardo (FCCR) e relatou ter visto uma mulher vestida de vermelho que o fez se afastar do local de trabalho para evitar que ele enfrentasse uma visitante local. “Eu estava no refeitório no meu horário de almoço sozinho, quando dei a primeira garfada na comida eu senti um esbarrão no meu braço e uma voz me falou ‘Aqui não’ sai do lugar imediatamente”, contou Hempfling. Ele caminhou até o lago, onde a mulher apareceu e falou “Fique aqui, este é um bom lugar e só volte quando for passar o seu cartão” e sumiu. Quando ele voltou à FCCR para passar o seu cartão de ponto, sua chefe disse “Luiz ainda bem que você não estava aqui senão você teria agredido uma senhora que discutiu com uma funcionária”’. André ficou impressionado, afirmou que é bastante explosivo e não admite injustiças. “Eu me assustei quando a Mulher de Vermelho tocou meu braço, senti um calafrio. Foi bom receber esse aviso da Mulher senão eu teria brigado realmente com a visitante local”.

Mistérios como este da Mulher de Vermelho passam despercebido pela população de São José dos Campos. Locais como o Parque da Cidade, Banhado, Teatro Municipal, Parque Vicentina Aranha entre outros guardam suas lendas e mitos. São histórias contadas por pessoas que presenciaram o fato ou ouviram de alguém. Normalmente visitamos esses lugares com certa freqüência e nem imaginamos que ali possa conter uma história “sobrenatural”.

Lendas e Mitos qual a diferença entre elas

Normalmente confundimos um com o outro. Não tem como falar de Lenda sem comentar algum Mito. São assuntos relacionados. Entrevistamos Ângela Savastano que é folclorista do Museu do Folclore no Parque da Cidade.

Segundo Ângela “A Lenda é sempre algo criado de uma coisa que existiu que existe e está ali” relatou e citou um exemplo “Uma montanha, as pessoas contam histórias baseadas sobre a montanha. Formam-se vários relatos e nesses relatos entram as coisas sobrenaturais. Mas sempre algo que você viu ou um fato concreto”.

Ela complementou falando sobre mitos “O mito é uma imagem, figura que você cria, por algum motivo e geralmente é para proteção”. Ela citou o Saci-Pererê como um mito que alguém criou para a proteção, para explicar alguma coisa. O Curupira, por exemplo, ele foi criado para proteger a mata evitando que as pessoas destruíssem a natureza.

Zé Pelintra

Desconhecido por alguns é um personagem da mitologia afro brasileira. Normalmente faz parte da crença umbanda. Ele é uma entidade patrona dos bares e jogos.

Mara Ribeiro auxiliar de limpeza da FCCR relatou que o Zé Pelintra aparece sempre no Museu do Folclore porque ali não é o lugar dele “Ele achou que ali não é o lugar dele. Ele queria que posse [sic] a imagem dele no lugar que é certo, ali não é correto. Ele não gosta de ficar junto com os santos que são de bem porque ele é du mal [sic], da escuridão”. Ela falou que o Zé Pelintra apareceu para o Hempfling e disse “Fala pro dono lá me mudar daqui”. Segundo Mara Ribeiro os espíritos aparecem para qualquer pessoa, principalmente quando sentem o medo.

Essas e outras histórias fazem parte das lendas e mitos do Parque da Cidade. Até então desconhecidas. Como e porque elas acontecem? Não sabemos. Mas são fatos e relatos que usamos para explicar e dar sentido ao sobrenatural. Aquilo que não tem explicação.

O desejo de possuir a Maçã

Por Rodolfo Reis

Em 24 de fevereiro de 1955 o mundo ganhou um grande criador, nascia Steve Paul Jobs. Um magnata da informática. Um grande visionário e empreendedor. Abandonou a faculdade para criar o objeto de desejo de 99,9% da população.

Jobs, o criador de várias tecnologias que facilitam o nosso dia a dia, apresentou em 9 de janeiro de 2007, o iPhone com funções de iPod e tela sensível a toque. Produto esse que lhe atribuiu milhões de admiradores no mundo inteiro. Pessoas obcecadas pela vontade de possuir a “maçã” da Apple, símbolo que eternizou Jobs e marcou a vida de seus seguidores.

Mas o que leva milhares de pessoas a admirar um cara como Jobs? Talvez o carisma, simpatia ou o fato da grande evolução e inovação que o iPhone deu ao mundo e para a vida de cada pessoa que possui o mesmo. Vontade essa de ter algo cobiçado. Talvez seja isso que alimente nosso ego de um dia finalmente ter em mãos “A maçã mordida de Jobs”.

Jobs citou em uma de seus discursos para os formandos de Stanford em 2005 “Você não consegue juntar os pontos olhando para o futuro; você só conseguirá conectá-los se olhar para o passado. Então você tem de confiar que os pontos se conectarão no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa: Em sua determinação, destino, vida, karma ou o que quer que seja. Essa atitude jamais me decepcionou e tem feito a diferença na minha vida”.

Se acreditar em algo fez a diferença na vida de Jobs porque não na nossa? Se o desejo pela maçã for um de seus objetivos, determine isso, se esforce e coloque como principal meta na sua vida o que deseja. “Eu quero, eu posso e eu vou conseguir”. Acreditando nisso já é um grande passo para a realização do seu desejo.

PS: Artigo escrito em 14.10.2011 para a aula de Redação Jornalistica II

Intolerância e preconceito no esporte

Histórias de atletas brasileiros que sofrem com o desrespeito no exercício de suas profissões


Por Rod Reis e Jéssica Almeida



Foto: Carol Tomba/PMSJC

O preconceito e a intolerância estão em todosos setores da sociedade e o esporte nãofoge disso, sempre são relatados casos emvárias modalidades, como futebol, vôlei, basquete.Recentemente o jogador Michael Santos do timeVôlei Futuro, que é homossexual assumido, sofreudiscriminação durante uma partida da SuperligaMasculina de Vôlei.

Durante o jogo o publico gritava ‘bicha, gay’,tentando abalar o jogador. Esse caso repercutiuamplamente na mídia, chamando atençãopara como isso acontece no esporte.Segundo Michael Santos, fatos isolados ocorremnos jogos. Algumas pessoas xingam a mãe dos jogadores,o time em geral, mas é coisa de torcedor.“Um fato como esse, específico, no qual um ginásiotodo berra insultos sobre a opção sexual de umatleta foi a primeira vez que aconteceu”, disse.

O fato repercutiu no Brasil todo, e, os colegas detime e os torcedores do Vôlei Futuro deram umshow contra o preconceito. O líbero do time, MárioJúnior, vestiu uma camisa ‘arco-íris’ durante umjogo, o oposto, Leandro Vissoto, usou uma proteçãorosa, a torcida estava com bastões rosas como nome de Michael escrito e os gandulas estavamcom camisas cor de rosa, tudo para dar um bastana homofobia.

O preconceito não ocorre somente com os homossexuais. Ricardinho levantador do Vôlei Futuromorou vários anos na Europa e afirma queesse tipo de hostilização ocorre também comos jogadores negros. “Morei seis anos na Europa,acontece inúmeras vezes esse preconceitocontra negros, torcedor jogando banana é umacoisa que me deixa muito chateado”, afirmou Ricardinho em entrevista ao Globoesporte.com.E os casos de intolerância estão acontecendocom mais frequência. O preconceito rolou soltona Super Liga Masculina de Vôlei. Dessa vezo racismo imperou sobre o jogador Wallace daequipe cruzeirense.

Uma torcedora chamou Wallace de “Macaco”durante a partida. O jogador confessou que ficourevoltado e lamentou o fato dos torcedoresde Minas não terem respeito algum pelos jogadores.Ainda afirmou que o racismo atrapalhaseu desempenho na quadra e que diante dessetipo de desrespeito não tem como não ficar abaladono momento do jogo.



Outro caso envolvendo uma atleta brasileiraaconteceu recentemente. A jogadora Iziane Marquesdo clube Maranhão Basquete, se diz vítimade preconceito por sua origem nordestina. Naturalde São Luís, Maranhão, ela é a única nascidano nordeste brasileiro do grupo de jogadoras pré--convocadas para a Olímpiada de 2012 em Londres.“As pessoas, principalmente nas polêmicas,sempre falam ‘ah, essa nordestina aí querendo fazergraça’. Sempre existe um preconceito quandosomos minoria, mas nunca sofri diretamente, atémesmo porque tenho resposta para isso. Sei medefender muito bem”, desabafou Iziane em conversacom o GE.Net.

A atleta afirmou que o peso de representar suaregião é muito grande e seu desejo é de retornarpara a WNBA, liga de basquete feminino americana,porém lhe deram um ultimato: ou ela continuavajogando no Brasil ou não seria convocada paraos jogos olímpicos.

Além de racismo, preconceito com opção sexuale origem, outro fator curioso desencadeou umasituação de intolerância. A estatura de um atleta.Em 2009 o jogador de basquete Arthur Vieira deSouza, 15 anos, sofreu preconceito em relação asua altura. Com exatamente 2,03 metros de altura,o jovem sempre foi visto com olhares de desconfiança.E sofria discriminação desde criança porser muito alto.

Mas o guerreiro Arthur superou todos esses obstáculose deu a volta por cima. Ele disputou pelasegunda vez seguida em sua carreira o Sul Americanosub-15 em San Andrés na Colômbia. Umexemplo de quem passou por cima do preconceitoe venceu na carreira esportiva

O Ponto de vista dos torcedores

Flávio Ribeiro, 17 anos , estudante
“O preconceito racial ainda hoje prevalece no esporte,e acho que mesmo com as punições continuaráacontecendo. Porque é feito de forma comque o grande público não saiba. Já a respeito daopção sexual é um grande tabu. Ninguém comentasobre isso no esporte”O Ponto de vista dos torcedores
Vivian Regina, 32 anos, Professora
“Não é apenas no vôlei que acontece isso. Vemprincipalmente do futebol, no qual por muitopouco as pessoas chegam a tirar a vida da outra.Precisa ser feito uma educação aos mais novos,também reeducando os torcedores. Além de ummonitoramento para coibir, evitando tantas tragédias.”

Marcus Milanelo, 20 anos, estudante deArquitetura
“Ainda acho que a intolerância no esporte é umtanto visível, o esporte de certa forma une as pessoas,porém o preconceito ainda existe de umaforma mascarada que acaba caindo no momentoque você vê quando a pessoa tem uma brechaem mostrar o que pensa da outra pessoa estamosvendo o preconceito com o jogador gay do vôlei,com a cor. Ainda é nítido e muitas pessoas sofremcom isso, é uma pena”

Alex Ivanovitch, 21 anos, estudante de Publicidadee Propaganda
“O preconceito ainda é marcante, podemos verem estádios europeus torcedores jogando bananaem campo, denegrindo e desmoralizando o atleta.Também existem outros casos de homofobia porparte dos torcedores, nos quais, qualquer intrigainerente ao jogo gera gritos de “viado”, para qualquerjogador, sendo homossexual ou não. A situaçãofica ainda mais embaraçosa quando o atleta égay. Deste modo, nota-se que existe um preconceitono inconsciente coletivo.”

Carlos Eduardo, 21 anos, estudante
“Creio que em todo lugar haja pessoas intolerantese preconceituosas, que não difere muito de umlugar para o outro, só que lugares que envolvemjogos, a euforia do momento faz com que não hajatanto conflito; porque estão lá por um único motivo:Torcer.”

Foca em Foco | Ano 13 - Edição 2 | Junho/Julho 2012
Mais informações em https://www.facebook.com/FocaemFoco

Imposição da “religião” na adolescência

A escolha da religião, imposição dos pais ou livre-arbítrio?

Por Rod Reis

Foto: Arquivo Pessoal

Normalmente, os pais costumam levar os filhos para igreja desde pequenos até a adolescência e assim tentam ensinar e mostrar os bons princípios da religião que seguem. Mas será que o fato de levar os adolescentes para a igreja e fazer com que eles sigam a mesma religião não é visto pelo jovem como uma forma de imposição?

“Crer implica em uma decisão própria. Deus respeita algo muito importante denominado livre-arbítrio, que é a faculdade de cada pessoa tomar suas próprias decisões, inclusive na área espiritual”, afirma o líder religioso Adilson Luiz Barbosa da Comunidade da Graça de Guaratinguetá.

Para a jovem, Karoline Pereira de Assis, 20 anos os pais não devem obrigar os filhos a seguirem a mesma religião deles. “Não concordo, porque isso não vai adiantar. A gente tem que ir para a igreja de coração e não por vontade dos pais”.

Alice de Assis, mãe da Karoline, reforça o que diz a filha. “Eu jamais obrigaria meus filhos de seguirem a minha religião, eu quero que eles se sintam felizes onde estão. Que tenham fé no que estão fazendo. Que coloquem Deus na frente de tudo. Qualquer caminho, todas as religiões nos levam a Deus”.

O Psicológo Ralpho Cláudio Costa, afirma que cabe aos pais a educação dos filhos. “Num país católico muitas vezes ou na maioria das vezes associamos a moral, o bem e o mal, pecado e perdão. Explicar a moral a ética e valores pelo viés da religião é mais fácil, mais aceitável e culturalmente transmitido”.

Para Adilson, os pais não devem obrigar seus filhos a seguirem a mesma religião que a deles e sim orientá-los de qual o melhor caminho a ser seguido. “Os pais se assustam quando pensam na hipótese de um filho pagar por seus próprios atos, por isso muitas vezes acham que simplesmente uma “religião” resolverá. A verdadeira espiritualidade está em crer em um Deus que se preocupa com cada ser humano. Deus está mais preocupado com seus filhos e deseja que os mesmos não sejam “religiosos”, mas tenham prazer em seguir a Sua Palavra, ou seja, obedecê-lo voluntariamente”, afirma.

Alguns jovens pensam que seus pais poderiam ficar desapontados com a escolha de outra religião. Mas não seria ao certo o pai apoiar seu filho na sua escolha ao invés de criticar e obrigar ele a participar de algo onde ele não se sinta bem?

“Meus pais ficariam desapontados, mas se eu acho que aquele caminho é para mim eles não tem que impor nada”, afirma Karoline.

Foca em Foco | Ano 13 - Edição 1 | Abil/Maio 2012
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